Painel de Cartel

 

PAINEL DE CARTEL


Em 1964, em seu texto Ato de Fundação de 21 de junho, Lacan estabeleceu o cartel como o órgão de base da sua Escola: é por meio dele que se dá a formação e a transmissão da psicanálise. Sendo um pequeno coletivo de trabalho composto por pessoas que se escolhem a partir de um tema em comum, o cartel se sustenta em torno de questões singularmente recortadas por cada integrante. Depois, escolhem Mais-Um participante, cuja função é mitigar os efeitos de grupo, fazer a palavra circular e permitir assim, o avanço do trabalho com a máxima redução de incidência imaginária.

Nesse estamento, produção e exposição se articulam ao longo de um tempo determinado do seguinte modo: i) pode-se expor tanto os resultados quanto as crises de trabalho; ii) espera-se um produto de cada participante (e não coletivo), podendo ser aquele endereçado à comunidade analítica, e que na EPE tal produção poderá ser publicada em site especializado em comunicação científica e artística. Produção e dissolução são inextricáveis no trabalho de cartel: fazer laço, mas desatar os nós, para que apareça o Um do desejo passível de alicerçar o estamento e a prática clínica de seu participante, apostando no resto como causa para novos enlaces.

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